domingo, agosto 20, 2006

Menino Bonito

Rita Lee

Lindo,
E eu me sinto enfeitiçada, yeah
Correndo perigo
Seu olhar
É simplismente lindo
Mas também não diz mais nada, yeah
Menino bonito
E então quero olhar você
E depois ir embora
Sem dizer o porquê
Eu sou cigana
Basta olhar pra você

segunda-feira, agosto 14, 2006

Pedro Calderón de la Barca (1600-1681)

(Este es el soliloquio más famoso del drama español;
ocurre al final del primer acto, cuando Segismundo
piensa en la vida y en su suerte.)



Sueña el rey que es rey, y vive
con este engaño mandando,
disponiendo y gobernando;
y este aplauso, que recibe
prestado, en el viento escribe, 5
y en cenizas le convierte
la muerte, ¡desdicha fuerte!
¿Que hay quien intente reinar,
viendo que ha de despertar
en el sueño de la muerte? 10

Sueña el rico en su riqueza,
que más cuidados le ofrece;
sueña el pobre que padece
su miseria y su pobreza;
sueña el que a medrar empieza, 15
sueña el que afana y pretende,
sueña el que agravia y ofende,
y en el mundo, en conclusión,
todos sueñan lo que son,
aunque ninguno lo entiende. 20

Yo sueño que estoy aquí
destas prisiones cargado,
y soñé que en otro estado
más lisonjero me vi.
¿Qué es la vida? Un frenesí. 25
¿Qué es la vida? Una ilusión,
una sombra, una ficción,
y el mayor bien es pequeño:
que toda la vida es sueño,
y los sueños, sueños son. 30

para as vozes de quem as tem

Magnificat (Lc 1,46-55)



A minha alma glorifica o Senhor
E o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador.

Porque pôs os olhos na humildade da sua Serva:
De hoje em diante me chamarão bem aventurada todas as gerações.
O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas:
Santo é o seu nome.

A sua misericórdia se estende de geração em geração
Sobre aqueles que o temem.
Manifestou o poder do seu braço
E dispersou os soberbos.

Derrubou os poderosos de seus tronos
E exaltou os humildes.
Aos famintos encheu de bens
E aos ricos despediu de mãos vazias.

Acolheu a Israel, seu servo,
Lembrado da sua misericórdia,
Como tinha prometido a nossos pais,
A Abraão e à sua descendência para sempre

Glória ao Pai e ao Filho
E ao Espírito Santo,
Como era no princípio,
Agora e sempre. Amem.

para os olhos de quem os tem

Santa Teresa de Ávila
(1515-1582)



Vivo sin vivir en mí


Vivo sin vivir en mí,
y de tal manera espero,
que muero porque no muero.

Vivo ya fuera de mí
después que muero de amor; 5
porque vivo en el Señor,
que me quiso para sí;
cuando el corazón le di
puse en él este letrero:
que muero porque no muero. 10

Esta divina prisión
del amor con que yo vivo
ha hecho a Dios mi cautivo,
y libre mi corazón;
y causa en mí tal pasión 15
ver a Dios mi prisionero,
que muero porque no muero.

¡Ay, qué larga es esta vida!
¡Qué duros estos destierros,
esta cárcel, estos hierros 20
en que el alma está metida!
Sólo esperar la salida
me causa dolor tan fiero,
que muero porque no muero.

¡Ay, qué vida tan amarga 25
do no se goza el Señor!
Porque si es dulce el amor,
no lo es la esperanza larga.
Quíteme Dios esta carga,
más pesada que el acero, 30
que muero porque no muero.

Sólo con la confianza
vivo de que he de morir,
porque muriendo, el vivir
me asegura mi esperanza. 35
Muerte do el vivir se alcanza,
no te tardes, que te espero,
que muero porque no muero.

Mira que el amor es fuerte,
vida, no me seas molesta; 40
mira que sólo te resta,
para ganarte, perderte.
Venga ya la dulce muerte,
el morir venga ligero,
que muero porque no muero. 45

Aquella vida de arriba
es la vida verdadera;
hasta que esta vida muera,
no se goza estando viva.
Muerte, no me seas esquiva; 50
viva muriendo primero,
que muero porque no muero.

Vida, ¿qué puedo yo darle
a mi Dios, que vive en mí,
si no es el perderte a ti 55
para mejor a Él gozarle?
Quiero muriendo alcanzarle,
pues tanto a mi Amado quiero,
que muero porque no muero.


Nada te turbe



(Letrilla que llevaba por
registro en su breviario)


Nada te turbe;
nada te espante;
todo se pasa;
Dios no se muda,
la pacïencia 5
todo lo alcanza.
Quien a Dios tiene,
nada le falta.
Solo Dios basta.

sábado, agosto 05, 2006

Marcaram de se encontrar naquela mesma tarde



Marcaram de se encontrar naquela mesma tarde. Matias iria a sua casa. Meu marido está viajando - disse ela ao telefone. Se conheceram numa praça de alimentação em um shopping próximo a escola onde ele estudava. Era um rapazote; dezessete anos, não mais. Havia esbarrado na moça e derrubado a coca-cola que ela carregava com todo cuidado, justamente para não esbarrar em ninguém. Enquanto seus amigos riam da situação, Matias, vermelho de vergonha pelo ocorrido, se apressou em pagar outra coca à moça. Muito gentil, a conduziu a uma mesa próxima, puxou-lhe uma cadeira e pediu desculpas mais uma vez. Quando já ia se afastando a moça pediu que ficasse e lhe fizesse companhia. Os amigos a esta altura já haviam sumido em direção ao cinema. Conversaram um tanto. Comentavam o ridículo da cena e riam um pouco. Ela se apresentou - Rita - se despediu e deixou discretamente um guardanapo com nome endereço e telefone. Junto com um beijinho estalado na bochecha do rapaz, deixou um recado no seu ouvido: liga.
Gostosura - pensava a caminho da casa dela. Chegando lá foi conduzido direto para o quarto. Me chama de gostosa ? e era mesmo, pensava ele ? pedia ela esbaforida com as mãos na pele tenra do rapazote. Em meio a pernas, braços, suores e afobadas linguadas, a moça começou a reclamar do sem jeito do rapaz. Em meio a certa frustração chega o marido. Uma porrada só abriu a porta. Não deu tempo nem para susto. Só sentiu um mão lhe puxando pelos cabelos e um grito no pé do ouvido: se é para levar chifre, fode direito, filho da puta! Sentiu sumir-lhe o sangue e a dureza. Vou ter que lhe ensinar a comer mulher, seu frango? - disse o marido já arriando as calças e se metendo no rego do rapaz ainda engatado na moça. O menino ainda contraiu o anel tentando preservar sua macheza, ao que um tapa na banda da bunda o fez ceder a pressão. Ouviu ao pé do ouvido: segue o meu ritmo. Saiu dali comparado somente ao incomparável marido de Rita, sabendo de tudo o que ela queria de um homem, e ele também.
Marcaram de se encontrar naquela mesma tarde. Roberto iria a sua casa. Meu marido está viajando - disse ela ao telefone.

curiosidades



oposto complementar

a media luz



para Ana Flor



Para Ana Flor Ana Flor - Kurt Schwitters



Ó amada do dos meus vinte e sete sentidos, eu ti amo!
Tu, teu, te a ti, eu a ti, tu a mim ---- nós?
O que, diga-se de passagem, não tem a ver com isso!
Quem es tu, inumerável Dona, tu és, és tu?
As pessoas dizem que tu serias
Deixa-as dizer, elas não sabem o que é ou não é.
Tu usa chapéu nos pés e caminhas sobre as mãos
Sobre as mãos caminhas
Olá, os teus vestidos vermelhos serrados em brancas pregas
Vermelha é que amo Ana Flor, vermelha é que eu ti amo.
Tu, teu, te a ti, eu a ti, tu a mim ---- nós?
O que tem a ver, diga-se de passagem, com a fria paixão!
Ana Flor, vermelha Ana Flor, o que dizem as pessoas?
Questão de um concurso:

1 - A Ana Flor falta um parafuso
2 - Ana Flor é vermelha
3 - De que cor é o parafuso?


Azul é a cor do teu cabelo amarelo,
Vermelha é a cor do teu parafuso verde,
Tu rapariga simples em vestido de todos os dias
Tu, querido animal verde, eu ti amo!
Tu, teu, te a ti, eu a ti, tu a mim ---- nós!
O que, diga-se de passagem, pertence à ---- caixa das paixões*
Ana Flor, Ana, A----N----A
Deixo cair uma gota do teu nome
Teu nome goteja como sebo derretido de vaca
Sabes Ana? será que sabes?
Podemos ler-te de trás para diante
E tu, tu magnífica entre todas,
És por detrás como por diante
A----N----A
Sebo de vaca goteja CARÌCIAS sobre as minhas costas,
Tu, imbecil animal!
Eu ---- ti ---- amo!



* braseiro/lixo