A primeira edição de fotonovela malícia teve por traz da sua operação um exercício para se pensar a imagem em seqüencia e imagem autônoma - daí o nome "malícia"; malícia de quem?. O fato é que pelos estimulo da enunciação - novela - e o encadeamento das imagens em seqüencia, se teve uma leitura direcionada. Mas o fato é que as imagens utilizadas na fotonovela são autônomas, captadas de um filme que passava na televisão - um desses quinhentos filmes que na década de sessenta seguiram a trilha de "Juventude Transviada" e o "Selvagem". Vejamos mais uma vez:
Para "malícia", as fotos foram reagrupadas em seqüencia alterada aproveitando as possibilidades de visualização oferecidas pela mídia, no caso o blog.
Essa operação tem a sua relevância ao colocar em ação alguns dispositivos:
1.- a apropriação de imagens - qualquer que sejam elas - implicando em uma REautoria do momento em que são captadas e processadas por meios técnicos diversos ao de sua origem alterando-lhes o registro e a forma;
2.- a manipulação de códigos sociais (imagem e texto) a fim de que esse corpo social se defronte com os significados que produz - daí a pergunta: malícia de quem? do propositor dessa seqüencia ou do receptor que infere significações, ou dos dois?
(continua...)
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